O Peso Invisível da Sobrecarga Mental nas Mulheres
- Ane Clair
- 17 de jan.
- 1 min de leitura
POR ANE CLAIR

Você já teve a sensação de estar carregando o mundo nas costas? Se a resposta for sim, saiba que você não está sozinha. A sobrecarga mental – também conhecida como carga invisível – é uma realidade que afeta profundamente a saúde emocional de inúmeras mulheres. Trata-se de um acúmulo silencioso de responsabilidades, muitas vezes não reconhecidas, mas que consomem energia, tempo e bem-estar.
Pesquisas apontam que as mulheres dedicam, em média, quatro horas a mais por dia a tarefas domésticas e ao cuidado de outras pessoas, quando comparadas aos homens. Esse desequilíbrio não se limita ao esforço físico – ele se reflete diretamente na saúde mental. A exigência constante de desempenhar múltiplos papéis com excelência – ser uma profissional competente, uma mãe presente, uma parceira ideal e ainda cuidar da própria saúde e aparência – cria um ciclo de exaustão difícil de romper.
A ausência de uma divisão equitativa de responsabilidades, tanto no ambiente familiar quanto no profissional, perpetua um problema que, muitas vezes, passa despercebido até mesmo pelas próprias mulheres. Por isso, é fundamental trazer essa pauta à tona. Reorganizar tarefas, estabelecer limites, compartilhar obrigações e reivindicar mudanças estruturais nos ambientes em que vivemos e trabalhamos são passos essenciais para aliviar essa carga.
Cuidar de si mesma não é um ato de egoísmo – é um ato de resistência e de preservação. Reconhecer essa realidade é o primeiro passo para transformar a sobrecarga invisível em uma responsabilidade visível e compartilhada.
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